quinta-feira

Exaltações e despedidas...

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Emídio Guerreiro - um exemplo de vida. Um "guerreiro" da Liberdade. Um grande português. Matricialmente do PPD mas evolucionou para a esfera do PS. * Estranha coincidência, no dia em que morre o dr. Emídio Guerreiro o Isaltino é constituído arguido e declara, com todo o despudor e convicção que, por isso, não vai suspender a sua campanha de reconquista do poder autárquico na Câmara de Oeiras. E nós, cidadãos, espectadores da realidade portuguesa, que vemos, impotentes, partir uns e aparecerem outros, que nada têm a ver com os primeiros, interrogamo-nos, angustiados, aonde nos conduz, nos postos da liderança política deste país, esta rendição de gerações tão desequilibrada, na qualidade das pessoas que as representam. Pela ordem natural das coisas todos temos que ir. Como afirmava Emídio Guerreiro, é uma necessidade biológica, e ao fim de 105 anos deve ser quase uma libertação e, no caso dele, um triunfo. * Posso perfeitamente imaginá-lo, no momento da sua morte, como aqueles atletas, recordistas mundiais, atravessando a linha de meta para serem levados aos ombros pelas multidões que os aguardam para os vitoriarem e consagrarem como heróis e campeões. Quando vemos partir alguém, nosso compatriota, ao fim de mais de um século, deixando atrás de si uma história de luta pela liberdade, dignidade e respeito pelas pessoas, como foi o caso o caso do Dr. Emídio Guerreiro, então dá vontade de voltar a acreditar e pensar que outros Emídeos Guerreiros hão-de nascer, que ele não pode ter sido um caso único e outros virão para preencherem o nosso orgulho colectivo. * E já agora, por favor, enquanto o seu corpo não desce à terra para se misturar com o pó da eternidade, e apesar da coincidência, não falemos no Isaltino... por uma questão de respeito para com o defunto. __________________________________________________________

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O Objecto do Arquivamento Revela o Diário de Notícas de hoje que o Dr. Isaltino de Morais, interrogado acerca da decisão que o veio a constituir como arguido no Processo da conta da Suíça não declarada no Tribunal Constitucional, declarou que esperava que fosse «um passo apenas para o arquivamento do processo». Cada um é livre de ter as esperanças que quer. Mas a constituição de alguém como Arguido não é o passo idóneo para esse objectivo. Ela tem lugar quando se apura haver indícios suficientes para acusar,ou pode, em certos casos, visar a própria protecção do averiguado, na medida em que estenda os meios de defesa ao seu dispor. Para arquivar é que não é tida nem achada. Ou por outra, talvez seja essencial a um arquivamento muito mais desejável - o da carreira política do Dr. Isaltino.
posted by Paulo Cunha Porto @ 10:41 AM

O sono e o resto... Loucuras da memória

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Sou admirador de S. Dalí e da sua obra. Da sua pessoa nem tanto. Mas diverte-me a sua excentricidade. Já a de Alberto J. Jardim angustia-me. Mas isso é outra "estória". Gosto da forma como ele surpreendeu a realidade abatendo as velhas fronteiras entre os objectos e o pensar clássico. O sono em Dalí é um monstro apoiado em muletas. Foi assim que ele desenhou essa realidade. Provavelmente, "comeu" a ideia a Freud - com quem conversara umas vezes.
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  • Dormir, acordar, tornam-se satori; cada momento sem concentração é puro desperdício. Hoje o tempo é mais rápido e morre-se mais depressa, apesar de vivermos mais tempo. Por isso, cada instante deve ser o objecto de uma elevada concentração; comer deve ser uma concentração sobre comer, ler uma concentração sobre os pensamentos (se os encontrarmos), estar com uma amiga uma verdadeira concentração no culto da amizade (sem nos desconcentrarmos, é claro). Logo, dormir deverá ser uma concentração sobre o sono. E pintar... Por mais que eu me concentrasse na pintura jamais conseguiria fazer aquilo: uma trombuça apoiada em muletas. Mas é exactamente como me sinto pela manhã quando o espelho me devolve aquele mimo.
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  • Há dias levantei-me e dei comigo a pensar que o maluco do pintor tinha razão. Mas mais razão do que ele tinha o Freud. Este é que era o verdadeiro pintor (de almas). Agora, o que me intriga é que cheguei a esta elevada consideração sem me concentrar num e noutro. Devo, desde já, declarar - perante a multidão - que nunca tomei chá com o Dalí nem nunca privei no divã de Freud. As minhas nóias são d'outro tempo e curadas com outros mestres...
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  • E é isto, creio, que é a eternidade: uma sucessão de pequenos "nadas" que nos compõem os pensamentos. Aparecem sem serem convidados, como a própria morte... Mais difícil de pintar
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  • Quando percebermos que estamos todos como aqueles tipos do filme Voando sobre um ninho de cucos,
  • concluíremos então Image Hosted by ImageShack.us que...

quarta-feira

O Cavalo que fala...

  • Dedicamos este blog ao Pedro Ferreira - que é um artista de rara sensibilidade. Passa a vida a desenhar as formas dos outros (que desconhece). E ninguém o enquadra a ele... Na Aústria os cavalos são assim. As pessoas também.
Onde vais?
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Não sei. Responde a mulher!

Duas reflexões (e meia) bem esgalhadas...

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  • Se, pela manhã, um homem ouve coisas certas, pode morrer à noite sem lamentar nada.
Confúcio
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Pois a morte é inevitável para o nascido, Tão inevitável como o nascimento para o morto; Por isso, pelo inevitável, Não tens de chorar.
Bhagavad Gita
  • Bom, deixemo-nos de filosofias baratas.. Alguém sabe onde se meteu este carapau-gigante... Dizem-me que está a ensaiar para guitarrista duma nova banda rock que faz o take-of em torné já em Janeiro de 2006. Será???
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terça-feira

Uma reflexão (existencialista de) Sartre

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  • Confesso ser pouco dado ao pensamento de Jean-Paul Sartre, mas neste ponto tenho de lhe tirar o chapéu. Diz ele:
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O homem não pode esperar nada sem que comece por perceber que não pode contar com ninguém, a não ser consigo mesmo; que está só, abandonado na Terra, carregando a sua infinita responsabilidade, sem ajuda, sem outros objectivos a não ser os que ele próprio estabelecer, sem outro destino que não seja o que ele forja para si mesmo neste mundo.
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J.-Paul Sartre.
Dedico esta reflexão aos nossos leitores: aqueles que se identificam, agradecem e criticam o nosso trabalho, mas também e, sobretudo, aos invejosos que cá vêm e nunca dão cavaco. São aos magotes, mas fogem que nem raposas com a lebre na boca depois de ter furado o balseiro e conquistado a presa... Esta reflexão é especialmente para eles. Que ainda não aprenderam que a sabedoria ou o que quer que seja - tem e deve ser partilhada. Mas como o seu egoísmo é sempre maior que a respectiva cabeça ficam toldados pelo peso da sombra do seu capricho. Depois ficam cegos nas sombras... Pois é para eles esta nota. Directamente do João Paulo. E, já agora, não se envergonhem por nunca ter nada para dizer, muito menos para partilhar. Porque pior do que morrer sozinho é viver sózinho... e muitos desses transeuntes do incógnito - pessoais e institucionais - (e outros que tais) que aqui comem e passam - ainda não conseguiram perceber essa verdade comezinha. Espero, pois, que Sartre Vos ajude a alimentar essa pobreza de espírito. Vá, agora continuem a vir cá morder o anzol e partam sem deixar cheiro - tal é a Image Hosted by ImageShack.usvossa natureza.

Altas Políticas - em prol da nação e para evitar o Prozac...

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Image Hosted by ImageShack.us Este país está num caos... Dirá do dr. Medina.. Aos Srs. Governantes dou a hipótese de arranjar uns impostos para cobrirem o DEFICIT e ainda possa chegar para as eextravagâncias politicas (entenda-se dos politicos) e do Banco de Portugal (aquisição de uma frota nova, bem como a dos juizes do Supremo Tribunal... Andem a pé ou de Renault - seus anacletos.. A propósito, por que é que os utentes de viaturas do Estado, Não pagam MAIS VALIAS??? E não PRENCHEM O IRS????? O dinheiro sai também do meu bolso António João POlicarpo Ernesto Fonseca dos Santos - O Invejoso BI 686868-696969 de 13 SET 2015
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Nota enquadradora...
  • Enquanto não se matar a mosca da economia portuguesa nada feito... Vegetaremos sempre sobre os dejectos dos cães que escolhem a nossa porta para desabafar... Os cães, na realidade, não são os cães normais, podem ser os produtos europeus - uma vez que os "chinocas" já cá estão e em força. E não nos admiremos quando um dia formos a um restaurante oriental comer Pato à Pequim e percebermos, afinal, que manjamos umas perninhas de gato, cão e sapos apanhados alí nos restos de rio que míngua pelo jamor - que um dia albergou os chamados retornados... Afinal, não são os europeus que nos lixam, são os chinocas que nos fritam. Fritam-nos vivos!!! A "estória" tem destas ironias - se nos lembramos dos Tratados desiguais de antanho que os Euromundo levou a cabo para abrir o comércio da China ao Mundo... Agora recebemos a factura... E ainda a chinesice vai no adro..
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AS POLÍTICAS DO NOSSO CONTENTAMENTO Depois de ter constatado que o déficit português resvalou para os 6,8% , prosa dos nossos políticos e ex-governantes , penso que tenho a solução paraimpedirque o nosso país se transforme numa colónia espanhola, que a taxa de suicídio aumente, que o país entre novamente em depressão. São medidas aplicáveis para o imediato, algumas a entrar já este Verão e outras só com resultados a médio prazo, nomeadamente: 1º Privatizar as praias portuguesas e aplicar uma taxa de utilização aos frequentadores das mesmas (princípio do utilizador-pagador). 2º Legalizar a prostituição para que as prostitutas paguem impostos, bem como os proxenetas. 3º Permitir os casamentos de lésbicas e gays, pois as festas aumentariam e as empresas destes eventos pagaria mais impostos. 4º Privatizar a GNR e a PSP. Sempre que o cidadão necessitasse dos seus serviços teria que pagá-los. Os respectivos quartéis seriam vendidos em haste pública ou convertidos em discotecas, bares ou casas de alterne. 5º A educação deveria ser privatizada. Os alunos do ensino primário e secundário pagariam propinas, e as escolas vendidas para serem convertidas em nini-mercados e hipermercados. As aulas passariam a ser leccionadas em tendas de campanha cedidas pela Cáritas. 6º A idade de reforma dos funcionários públicos aumentaria para os 70 anos e os descontos para a caixa de aposentação passaria para os 19%. 7 - Criar uma taxa para a passagem de barcos nos nossos rios , lagoas e mar. 8 - Privatizar as Forças Armadas, os seus quartéis seriam vendidos para armazéns e entrepostos comerciais. 9 - Vender o árquipélago dos Açores aos Americanos 10 - Vender o arquipélago da Madeira a Marrocos e afogar Alberto J. Jardim nas suas ordinarices e bebedeiras discursivas 11 - Vender os comboios e a rede ferroviária ao grupo SONAE para que os portugueses passassem a ter hipermercados ambulantes 12 - Criar um imposto para os celibatários, para os padres e as freiras começarem a pagar impostos. Com estas medidas o défice era combatido, tínhamos um saldo positivo nas contas públicas e assim já podíamos introduzir algumas medidas que agradariam aos políticos, a saber: 1º Aumentar o ordenados dos ministros, secretários de estado, sub-secretário de estado, assessor, assessor do assessor, chefe de gabinete, secretária, secretária da secretária, motorista. 2º Melhorar o parque automóvel dos políticos, em vez de BMW e Mercedes passariam a andar de Maserati, Ferrari, Lamborgini. 3º Aumentaria as mordomias dos ministros e gestores públicos, nomeadamente carro para a família, para o jardineiro, férias em resorts de luxo, jactos particulares para viagens de serviço e de lazer, compraria helicópteros para levar os filhos aos colégios para fugir aos engarrafamentos das cidades. 4º Diminuía o tempo de serviço necessário para a reforma dos políticos, deputados e autarcas, dos actuais 12 anos passaria para 4 anos. 5º A classe política passaria a ter direito ao 16 mês de ordenado. 6º O Parque de Monsanto e o Parque do Campo Grande seriam convertidos em campos de golfe destinados para os deputados, ministros e todos os assesores, para aliviar o stress do trabalho que exercem diariamente. 7 º O Campo Pequeno seria transformado em piscinas para os políticos manterem o físico em dia. 8º - Criavam-se vias reservadas nas cidades para os políticos, para serem pontuais e assíduos. 9º Construiam-se casa de férias para os políticos na Quinta do Lago, para recuperarem do esforço dispendido ao longo do ano. 10º Os deputados e os governantes teriam três meses de férias para fazerem o orçamento e não se enganarem nas contas. 11º - O Pavilhão Atlântico era convertido em hotel de luxo para as festas dos ministros, seus familiares e amigos. 12º - Transferia-se as reservas de oiro nacional para bancos suíços e em nome dos ministros. Com estas políticas o país ficava feliz, o povo deixava de andar angustiado, os políticos deixavam de se lamentar que ganham pouco, o país saía do marasmo em que se encontra, por causa dos safados dos trabalhadores que pagam impostos, que são invejosos, que não querem trabalhar para aumentar a produtividade e encher os bolsos aos coitadinhos dos nossos empresários. Se não foi que Medina disse na sua carreira mental - andou lá próximo... Mas convenhamos a o dr. Medina é imaginativo, mas também não exageremos... O SALVADOR DA PÁTRIA!!! Viva o Mister Magoo...
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Esta é resposta das novas gerações aos políticos que desgovernam este País. A resposta é para os políticos no activo, mas também para todos aqueles que já tiveram responsabilidades governativas ou públicas e que hojem são analistas do vago e do concreto. Para eles seguem estes mimos da nova vaga - que não nasce..

O mestre da crise - o óbvio dito claramente...Welcome Mister Magoo

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Sempre que vejo o Dr. Medina Carreira a desancar nos políticos é um bálsamo para a alma. Mas a razão pela qual acabo sempre por cair da cadeira (a rir) quando o vejo - é porque ele me lembra o Mr. Magoo. Esse excepcional desenho animado da UPA, empresa que revolucionou a animação nos EUA nos anos 50, e produziu dezenas de curtas metragens que eram distribuídos pela Columbia Pictures, nos cinemas. Um personagem que surgiu por acaso, Mister Magoo, virou o carro-chefe. O estilo revolucionário da UPA, mudou completamente a cara dos desenhos animados, que pararam de ter aquele estilo fofinho da Disney, para usar um design mais moderno que influenciou todos os estúdios - inclusive Disney, que modernizou o traço. Image Hosted by ImageShack.us Ora Medina, e feita a analogia que ele me desculpará - porque é um Homem inteligente, culto e irónico, faz-me lembrar Mr. Magoo. Ele vê bem, mas não é preciso abrir os olhos. E depois aqueles tiques labiais dão-lhe uma postura verdadeiramente única. Um pouco como a economia portuguesa. Image Hosted by ImageShack.us
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  • Mas vamos às essências: são todas dejá vu... Tudo aquilo é consabido. Só a Fátima Campos Ferreira parecia desconhecer aqueles quadros muito claros, clarinhos como a água. O Estado virou monstro, cresceu com Cavaco e endividou-se. Cresceu, engordou, ganhou adiposidade mas nada de músculos... As despesas subiram em flecha no pós-25 de Abril para a pagar a liberdade e a "demo-crácia". Mas a produtividade - relativa - à Europa - não acompanhou a pedalada. Os velhos vivem mais e não querem morrer; os novos já nascem velhos porque se reformam antes de arranjar emprego; os políticos são uns aldrabões do piorio; os banqueiros uns invejosos e egocêntricos; e a economia, no seu conjunto, é uma meretriz: ora vai com um, ora vai com outro. As crianças não nascem...e a demografia ressente-se.
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  • Ferreira do Amaral e Santos Silva seguravam o pano cuja peça Medina e Lopes representavam. A dada altura desistiram de argumentar e ouviram a lição de sabedoria matemática que aqueles velhinhos apresentaram a Portugal. Um é mais liberal; Lopes - tem em si uma contradição do liberal socialista que quer prometer tomates na lua e ananases na terra. Impossível, por isso terá de evoluir doutrináriamente.
  • Mas foi Medina que revelou as essências, e essas residem no escol político que temos, dependente dos seus tachos, da sobrevivência política. É isso que os leva a mentir para ganhar eleições. Prometem Deus na igreja, e assim conquistam o poder; depois o povo vai à missa e quem lá encontra? o diabo..., sob a forma de impostos e mais impostos, mentiras sobre mentiras, embustes sobre embustes. Uma vergonha, agora mais descarada. Só que a coreografia agora nunca é interrompida e as máscaras nunca se tiram. Já estão coladas à cara, como no Pessoa da Tabacaria...(sem metafísica)
  • Eis a opinião que Medina e Lopes (mais tibiamente) têm dos políticos, dos sindicatos e do sistema. A dada altura daquela desocultação de verdades e de mentiras - com os quadros denunciando a evolução das trajectórias dos impostos, da segurança social, da não produtividade e o mais... lembrei-me da A Peste, de O Estrangeiro de A Naúsea - de Camus e de Sartre - em que os heróis tentam sempre fazer o que está certo, mesmo quando tudo se desmorona à sua volta. São boas pessoas, só que estão entorpecidos. Não interesse se o sintoma da economia e da política à portuguesa é revelador do absurdo, da náusea ou do horror; o certo é que as crises em Portugal são encontradas frequentemente, diria, diáriamente - e adiadas semanalmente.
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  • O que Medina disse foi, por outras palavras, o seguinte: Guterres e Durão Barroso além de mentirosos foram politicamente cobardes. E, de facto, foram. Depois houve uma sombra pelo meio que anda por aí e que nunca passou, de facto, de uma sombra (de si próprio). E depois emergiu o mentiroso dos mentirosos, o aldabrão-mor, porque mente com mestria e de forma obsessiva-compulsiva.
  • Sem o querer dizer expressamente acabou por o admitir. Referia-se a Sócrates... Não sabemos se se refria ao de Atenas.. Mas cresmos que não!!!
  • E é daqui que decorre toda a noção complexa de crise múltipla que identifica o actual processo de globalização competitiva, ou seja, de mudança acelerada em todas as regiões do mundo, países e culturas, assumindo formas variadas conforme se analisa o ângulo da crise, ou o curto ou o longo prazo. Ora, é tudo isto que nos obriga a tomar Prozac.
Mas o que, porventura, melhor sistematiza aquele bailado semanal de Fátima Campos Ferreira - que por vezes se sobrepõe em demasia aos convidados só para provar ao povo que decorou o valor do PIB, é o tripé de paradoxos que a natureza da actual crise comporta. Vejamos:
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1) a crise democrática - indica que os políticos são - em boa parte - incompetentes, já que mentem só para capturar o poder, e manter-se nele pelo maior tempo possível, amalgamando as multidões - como se fossem ovelhas - e os políticos os pastores. O cão e o cajado compõem o resto da mentira - prometendo às cabras bom pasto onde só existe pedras laminadas; como os políticos fazem com as "vacas-pessoas" - prometendo-lhes saúde, paz e prosperidade e depois só encontram aumento de impostos. A modernização e o desenvolvimento são uma miragem e a política deriva duma mentira bem contada. Uma vez no poder, pode-se continuar a mentir - mas já sem máscara - e a estória repete-se de 4 em 4 anos, últimamente é de 2 em 2... 2) a crise tecnológica - revela que as tecnologias da mobilidade nem sempre contribuem para a regulação dos dispositivos sociais existentes, e as relações de desenvolvimento ficam descontroladas e à mercê de factores situados fora dos territórios nacionais. Já não se pode desvalorizar, mexer na taxa de câmbio, taxa de juro, etc, etc, pelos que as dinâmicas se tornam hoje atmosféricas, ié, deixaram de estar referenciadas às fronteiras nacionais para passarem a estar vinculadas às diferentes tonalidades de modernização e desenvolvimento presente nos graus de competitividade e capacidades de atracção de capitais e de recursos qualificados do exterior. 3) a crise de modernização/desenvolvimento - revela, por último, todo o esplendor do embuste em que o sistema caiu. Isto é, para capturar o poder e preservar os equilíbrios sociais o Estado não pode ofender os privilégios das grandes corporações e dos mercados, sobe pena de provocar descontinuidades nas trajectórias de modernização, decorrentes da perda progressiva de posições na hierarquia dos poderes da economia internacional e na balança do poder mundial com base no qual se chamam os grandes capitais para o seio das nações que mais deles precisam.
  • Ora a crise é múltipla porque é povoada por diversos componentes, e como assim é a coisa não pode (mais) ser dominada por diques ou comportas. Portanto, a crise é internacional, é Europeia, é mundial, é dos Estados, da sociedade, da economia, da civilização e dos valores.. Tudo isto acumula níveis explosivos de crise que estrutura essas várias camadas que já levaram alguns a falar no fim da história.
  • Em suma: os drs. Medina e Silva Lopes vieram dizer o óbvio. Medina quer um Estado mais pequeno porque entende que o cancro reside na despesa pública, sempre galopante. Logo, small is beautifull; Silva Lopes, como bom socialista, admite a manutenção do wellfare state mas com limitação da despesa social, o que configura uma quadratura do cículo. Ou então, textualiza a chamada circunferência de Pascal - que está em todo o lado e em parte nenhuma, como a própria Política.
  • A insuficiência do vector tecnológico da mobilidade, a crise da democracia representativa, a crise do Estado nacional, a débil produtividade nacional e o fraco empresariado, a alteração do padrão demográfico, a emergência da fábrica e do escritório do mundo (a China e a Índia), e a mudança nas hierarquias de dominação mundial - são factores que configuram a hipótese que faz "carreira" e Medina critica ferozmente. E fá-lo, segundo julgamos, porque sabe que está em marcha um processo de formação de um novo sistema histórico de que é imprudente aqui apresentar o mapa. Até porque é difícil, senão impossível, traçar linhas na água...
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