terça-feira

As contradições e a mutações da política euro-grega: Tsipras vs Junker


Da série: marmelada euro-grega - Beijos, beijos e mais beijos: Sim, Não, Talvez...


Há dias andavam aos beijos, Junker e Tsipras, como se a Comissão Europeia se metesse na cama política da Grécia, e Tsipras aquecesse os pés ao ex-PM do Lux, que se notabilizou, recentemente, por isentar centenas de empresas multinacionais de pagar impostos, circunstância que quase vitimou a sua recém-chegada ao cargo que actualmente desempenha de Sr. Europa!!!

Depois Junker ficou triste e chamou mentiroso a Tsipras; este, por seu turno, e no âmbito do processo de negociação europeia da Grécia para liquidação da dívida, diz que só negoceia com gente séria. 

Já se percebeu que os mentirosos são os jornalistas; eles, Tsipras e Junkers, é que são os tipos sérios que até dão beijos em público. 

Mas a novela euro-grega não fica por aqui: Junkers propôs novo plano de resgate à Grécia sob condição do Governo do Syrisa fazer campanha pelo "Sim"; mas Tsipras, que tem sangue na guelra, já veio afirmar que se demite das funções de PM se o Sim vencer, pelo que fará campanha pelo "Não".

Uma verdadeira "marmelada política". Entretanto, os gregos nem sequer sabem quanto, quando, como e onde podem levantar o seu dinheiro para poder comer... e ir vivendo..

____________

Etiquetas:

Gregos pedem novo resgate por mais dois anos, mas sem envolver FMI

Nota prévia: Tsipras sabe que um dos elementos mais constrangedores do lado dos credores é o FMI, uma organização económica e financeira internacional que tem mandado abaixo inúmeras economias em dificuldades, e é aproveitando-se dessas vulnerabilidades estruturais que o FMI tem imposto políticas ultra-liberais que ou desprotegem o sector da agricultura, ou obrigam essas economias mais vulneráveis a abrir-se aos mercados internacionais sem os devidos regimes de transição que permitem que as "raposas" entrem no galinheiro à vontade. 
- No fundo, Tsipras - que tem revelado grande firmeza política e diplomática face à troika e ao eurogrupo - sabe que a insistência do FMI para que estes países mantivessem políticas monetárias restritivas gerou taxas de juro que inviabilizariam a criação de emprego, mesmo nas melhores circunstâncias. 
- Por outro lado, Tsipras sabe que o desemprego não deve ser encarado como simplesmente uma estatística, como faz Passos coelho em Portugal, uma mera contagem de cadáveres económica, um apuramento de vítimas não intencionais da luta contra a inflação. Os desempregado gregos são seres humanos, com família, cujas vidas foram afectadas, e às vezes destruídas, pelas políticas económicas recomendadas pela Srª Lagarde, ou seja, por políticas abjectas e de tipo experimentalista e extorsionário impostas pelo FMI. E é por essa razão que Tsipras, e bem, aceita um novo resgate mas já liberto daquele beijo da morte dado pela gibóia do FMI - que impede as economias mais vulneráveis de se desenvolverem e, ao mesmo tempo, pagarem o brutal e agiota serviço da dívida. 

___________

Gregos pedem novo resgate por mais dois anos, mas sem envolver FMI
Dn.pt com Lusa
Gregos pedem novo resgate por mais dois anos, mas sem envolver FMIA Grécia pediu hoje à União Europeia um novo acordo de financiamento a dois anos para salvar o país da crise, anunciou o gabinete do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
Num documento dirigido ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o governo grego afirma que "continua à mesa das negociações" e "propôs hoje um acordo de dois anos" para cobrir as suas necessidades de financiamento.
Este terceiro resgate seria gerido no âmbito do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira e não incluiria o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O governo de Alexis Tsipras propõe ainda que este programa inclua a reestruturação da dívida. "O governo grego propôs hoje um acordo de dois anos com o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira para cobrir completamente as suas necessidades financeiras e com a reestruturação paralela da dívida", pode ler-se na declaração do gabinete de Tsipras.
"Desde o primeiro momento, deixámos claro que a decisão de fazer um referendo não é o fim mas a continuação das negociações por melhores condições para o povo grego", diz ainda a declaração do governo.
A proposta surge horas antes do fim do prazo para a Grécia reembolsar o Fundo Monetário Internacional (FMI) em quase 1.600 milhões de euros.
Negociações
A proposta será discutida numa reunião extraordinária hoje às 18.00, por teleconferência, entre os ministros das Finanças da zona euro, revelou o presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem.
O que sugeria o presidente da Comissão Europeia?
Jean-Claude Juncker propôs ao primeiro-ministro grego um acordo de última hora, que os credores aceitariam "fechar" se Atenas se comprometer hoje a aceitar a última proposta e em fazer campanha pelo "sim" no referendo. 
A proposta dos credores para libertarem dinheiro para Atenas é de sábado passado e inclui - entre outros pontos - subidas no IVA em vários produtos e serviços, reduções nas pensões, fim gradual das reformas antecipadas e aumento da idade da aposentação.
O tema das pensões foi o que mais tensão criou entre os credores e Atenas, sendo que o problema neste caso está sobretudo no chamado 'Ekas', o suplemento de solidariedade para os pensionistas, que os credores não consideram uma pensão de reforma, porque não depende completamente dos descontos feitos e querem que seja eliminado.
Já a reestruturação da dívida, que o Governo suportado sobretudo pelo partido de esquerda Syriza tem reclamado, não faz parte do pacote proposto.
Fontes comunitárias disseram que os credores fizeram saber ao executivo helénico que estariam disponíveis para discutir um alívio da dívida, que representa cerca de 180% do Produto Interno Bruto (PIB), quase o dobro da riqueza produzida pela Grécia, mas só aquando da negociação de um terceiro resgate ao país.
As promessas de Tsipras na televisão
Primeiro-ministro garantiu, ontem à noite, que irá respeitar o resultado da votação de domingo e admite deixar governo. Tsipras diz ser impossível pagar hoje ao FMI os 1,5 mil milhões de euros.
"A decisão do povo grego será respeitada e implementada." A promessa foi deixada por Alexis Tsipras, admitindo que se demitirá caso o referendo de domingo dite a vitória do sim à proposta dos credores entregue ao governo que previa aumento das medidas de austeridade, como a subida do IVA. Em entrevista a uma televisão helénica, Tsipras afirmou não ser "um primeiro-ministro que se mantém no cargo faça chuva ou faça sol".
O líder do Syriza, que vê o referendo como uma forma de continuar as negociações - "o nosso objetivo é permitir estar mais bem armado na prossecução das negociações" -, considera que quanto mais forte for a rejeição da proposta, mais forte ficará a Grécia para as próximas conversações.
O primeiro-ministro grego foi também taxativo quanto à impossibilidade de o país pagar hoje 1,5 mil milhões de euros ao FMI. "É possível que os credores esperem que paguemos ao FMI quando impuseram a asfixia aos bancos?", questionou, adiantando que "a partir do momento em que decidam levantar a asfixia, serão pagos". Com os bancos encerrados até 6 de julho, Tsipras admite que "o cenário não é o ideal", mas frisou que a Grécia "irá sobreviver" com ou sem programa de ajuda externa. "O povo grego viu que nos últimos cinco meses fizemos o que pudemos para chegar a acordo", disse, frisando que não acredita que os credores desejem que a Grécia abandone a zona euro.
BCE acusa: a culpa é dos gregos
O Banco Central Europeu não exclui a saída da Grécia da zona euro e insiste que se ocorrer será da responsabilidade do Governo grego, que decidiu pôr fim às negociações, afirmou Benoît Coueuré, membro do conselho do BCE.
"A saída da Grécia da zona euro, que era uma hipótese teórica, já não pode infelizmente ser excluída", sublinhou numa entrevista hoje publicada pelo diário económico francês Le Echos.
Coeuré, que adiantou que "é o resultado do Governo grego", insistiu que tanto o BCE como as autoridades europeias querem que a Grécia continue na moeda única e que, por isso, fizeram a sua proposta na semana passada, que concretamente baixava as exigências em termos de excedente fiscal.
"A decisão de interromper as negociações foi tomada pelas autoridades gregas. Surpreendeu-nos porque estávamos a terminar trocas intensas e bastantes frutuosas", afirmou.
Coueuré mostrou-se convicto de que se os gregos votarem "sim" no referendo de 05 de julho, "as autoridades da zona euro encontrarão a maneira" de pôr em andamento um programa de ajuda, ainda que o atual expire hoje.
O responsável do BCE reconheceu que o executivo de Alexis Tsipras tinha feito da reestruturação da dívida grega uma prioridade, mas alegou que desde 20 de fevereiro o Eurogrupo tinha advertido que este assunto só seria debatido numa segunda fase e que antes Atenas tinha de adotar "um programa de reformas credíveis".
Em relação às possíveis consequências de uma saída da Grécia da moeda única, Coeuré admitiu que a turbulência nos mercados na segunda-feira demonstra que houve "um efeito surpresa" porque até quarta-feira não admitiam a rutura das negociações.
Contudo, Coeuré considerou que a reação foi "relativamente moderada", demonstrando "até que ponto a Grécia é um caso único", "a resistência da zona euro aos choques externos" e que "as redes de segurança postas em funcionamento nos últimos anos cumpriram o seu papel".
Em qualquer caso, Coeuré afirmou que é necessário manter "a vigilância".
"Se houver riscos, estamos dispostos a utilizar os instrumentos de que dispomos" como o programa de compra massiva de títulos e mesmo "novos instrumentos no âmbito do nosso mandato", disse.
Uma providência cautelar
A Grécia não descarta a possibilidade de recorrer à justiça para impedir a sua saída da zona euro no caso de um acordo fracassar."O governo grego vai fazer uso de todos os direitos legais ao seu dispor", refere o jornal britânico Daily Telegraph, citando Yanis Varoufakis.
"Estamos a aconselhar-nos e certamente vamos considerar a possibilidade de uma providência cautelar junto do Tribunal de Justiça Europeu. Os tratados da União Europeia não preveem [a] saída do euro e recusamos a aceitá-la. A nossa pertença [à zona] não é negociável", declarou.
FMI não recebe hoje
O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, confirmou hoje que a Grécia não vai reembolsar o empréstimo de cerca de 1.600 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que vence hoje.
Varoufakis foi questionado por jornalistas que o esperavam à entrada do Ministério das Finanças em Atenas. "Não", respondeu laconicamente, antes de entrar no ministério.
Anteriormente, a ministra-adjunta das Finanças grega, Nadia Valavani, tinha afirmado que Atenas não iria reembolsar o empréstimo de cerca de 1.600 milhões de euros ao FMI, salvo se fosse encontrada uma solução de última hora que permitisse enfrentar este pagamento e evitar entrar em "incumprimento".
Valavani afirmou hoje em declarações à televisão pública que o pagamento ainda seria possível se a Grécia conseguisse os 1.800 milhões de euros dos rendimentos dos títulos de dívida gregos de 2014 que estão nas mãos do Banco Central Europeu (BCE).
A ministra insistiu que para fazer o reembolso não seria necessário um novo acordo com as instituições (Comissão Europeia, BCE e FMI) porque faz parte do programa de resgate vigente.
Até às 18:00 horas em Washington (00:00 em Lisboa), a Grécia pode efetuar este reembolso que agrupa três pagamentos de junho, caso contrário entrará em incumprimento em relação ao FMI.
Se a Grécia não pagar hoje, é iniciado um processo de tramitação, que, como recordou Valavani, pode durar um mês até que seja declarado o incumprimento.
Uma vez que se confirme que a Grécia não pagou, espera-se que a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, informe o Conselho Executivo da instituição, possivelmente no mesmo dia.
Um dia crucial para a liquidez da Grécia voltará a ser quarta-feira, quando se espera que o Conselho de Governadores do BCE decida se mantém a provisão de créditos de urgência à banca grega.
Rajoy apoia renúncia do governo grego
O primeiro-ministro de Espanha espera a vitória do "sim" no referendo de domingo na Grécia, sobre um acordo do governo grego com os credores, e um novo governo em Atenas.
Mariano Rajoy tornou-se hoje o primeiro líder europeu a apoiar abertamente a renúncia do governo de esquerda radical na Grécia, ao apelar aos gregos para aceitarem as medidas de austeridade no referendo de domingo.
Rajoy disse que a vitória do "sim" no referendo seria boa para a Grécia, porque permitiria aos credores negociar com um novo governo em Atenas.
"Se (o primeiro-ministro grego) Alexis Tsipras perder o referendo, seria o melhor para a Grécia, porque ao dizer "sim" à manutenção na zona euro, o povo grego permitiria que negociássemos com outro governo", disse Rajoy à rádio Cope.
Em caso de vitória do "não", a "Grécia não terá outra alternativa a não ser abandonar o euro", afirmou Rajoy, cujo partido enfrenta atualmente a ascensão rápida em Espanha do novo partido de esquerda radical "Podemos`, um aliado próximo do Syriza, liderado por Tsipras.
Em Itália, o primeiro-ministro Matteo Renzi afirmou que as reformas estruturais, adotadas por Roma, colocam o país "fora da linha de fogo" das consequências da crise da dívida na Grécia.
"Nós adotamos com coragem o percurso das reformas estruturais, a economia está em processo de retoma e sob a proteção do "guarda-chuva` do Banco Central Europeu", disse Renzi citado pelo diário económico Il Sole 24 Ore, sobre o efeito de contágio da crise grega às outras economias sobre-endividadas da zona euro, em 2011.
Com o risco de contágio da crise grega aos membros da zona euro a não constituir mais uma ameaça, Renzi afirmou que a "preocupação não acaba em Itália, e diz respeito agora aos cenários de dificuldades global que poderão surgir".
Questionado sobre a posição dura da Alemanha nas negociações do Eurogrupo que terminaram com a recusa em alargar o programa de resgate da Grécia, Renzi disse que qualquer esforço em culpar Berlim pela situação "é um álibi conveniente que não corresponde à realidade".
"Agora, o risco é que o referendo se torne numa escolha entre (a chanceler alemã Angela) Merkel e Tsipras. Isso seria um erro, e é o que Tsipras quer. Não é por coincidência que a vitória do Syriza nas eleições se deveu mais a falar da senhora Merkel do que da Grécia", acrescentou.
Por outro lado, o ministro austríaco das Finanças, o democrata Jörg Schelling, disse hoje em Viena que a decisão de não prolongar a ajuda à Grécia é uma "espécie de golpe de libertação", para o Eurogrupo.
Em declarações proferidas antes de participar numa reunião do conselho de ministros, Schelling confirmou que o Eurogrupo continua "aberto" a novas negociações com Atenas, mas advertiu que a situação se "desorientou".
Merkel não fecha portas
A chanceler alemã Angela Merkel declarou hoje que não conhece qualquer nova proposta europeia à Grécia para desbloquear um acordo de última hora.
"A última oferta da Comissão que conheço é a da última sexta-feira e não posso dizer mais nada", afirmou Merkel, depois de Bruxelas ter dito que propôs uma solução de "última hora" ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
Contudo, a dirigente alemã reafirmou que "a porta continua aberta" para novas negociações com Atenas.
[Notícia corrigida às 14:40 - Mariano Rajoy apoia renúncia do governo grego]
___________








Etiquetas: ,

Edgar Alan Poe vis-a-vis a Grécia


  • Dedicada aos actuais decisores e ao povo grego que estão no carrefour da sua história. A seu favor têm um passado glorioso - que presentemente terão de saber evocar para que nem a sorte nem a audácia lhes falte nesta luta tremendamente desigual. 


Deep into that darkness peering, long I stood there, wondering, fearing, doubting, dreaming dreams no mortal ever dared to dream before.

_________________

Evocação de António Variações - Visões-Ficções



_______________________

______
__

Etiquetas:

segunda-feira

Um Passos Coelho acagaçado com a Grécia do referendo


Imagem picada no rizoma

O alegado PM de Portugal, um tal Passos que desconhecia a obrigatoriedade de ter de fazer contribuições para a segurança social e ser relapso em relação ao fisco, é o mesmo sujeito que ficou assustado com esta inversão na política grega, de rejeitar a imposição austeritária da troika e de recorrer ao referendo para saber se o povo grego pretende - ou não - aceitar aquele pacote financeiro para liquidar a dívida. 

Passos é um tipo branquinho e cora facilmente. E ultimamente tem corado imenso. Parece um tomate esborrachado de Almeirim, caído de um reboque dum tractor em pleno alcatrão, sob 40º neste Verão tórrido, que derrete, como ele derreterá em Outubro próximo.

E se fosse ontem já seria tarde!!!

___________



Etiquetas:

Stiglitz votaria "não" no referendo grego

Nota prévia: Na dobra do milénio o prof. Stiglitz escreveu um dos livros mais importantes sobre globalização, e explicou
como as grandes organizações económicas e financeiras internacionais espoliaram as economias mais frágeis
de África, Ásia e América latina - com as práticas selvagens e neoliberais propostas pelo FMI, OMC e Banco Mundial,
onde trabalhou e donde foi saneado. Os métodos não mudaram desde então, só que agora o FMI 
aplica-os às economias mais frágeis da Europa do sul...
Todavia, curioso é notar um ou dois anos depois desse saneamento do BM - J. Stiglitz foi Prémio Nóbel da
Economia. Só por isso, valerá a pena reler Globalisation and Its Discontents... 
__________
por Rui Peres Jorge |

A disputa em curso neste momento é "muito mais sobre poder e democracia do que sobre dinheiro e economia" escreve no texto de opinião publicado no Project Syndicate, onde critica a falta de sentido de democracia evidenciado pelo líderes europeus, que insistem em recusar a legitimidade de um governo eleito de um país da Zona Euro que se opõe frontalmente às políticas de austeridade dos últimos anos.

Na opinião do economista, Alexis Tsipras e o seu governo têm boas razões para querer mudar de rumo. "É espantoso que a troika recuse aceitar responsabilidade" pelo descalabro económico dos últimos anos e é "ainda mais espantoso que os líderes europeus não tenham aprendido", insistindo em exigir excedentes orçamentais primários (3,5% do PIB em 2018) que empurrarão o país para mais austeridade.  "Mesmo que a dívida grega seja reestruturada para lá do imaginável, o país permanecerá em depressão se os eleitores se comprometerem com o objectivo da troika no referendo deste fim de semana".

Perante uma escolha tão difícil, que poderá ditar uma saída do euro com consequências negativas certas no curto prazo, o Nobel diz que "é difícil aconselhar os gregos sobre como votar no dia 5 de Julho. Nenhuma alternativa – aprovação ou rejeição dos termos da troika – será fácil e ambas acarretam riscos", reconhece. Ainda assim optaria por votar contra.

De um lado está a promessa de "austeridade quase sem fim" e "talvez" um alívio de dívida e apoio das instituições internacionais. Do outro, o voto pelo não, "deixaria pelo menos aberta a possibilidade da Grécia, com a sua forte tradição democrática, agarrar o seu destino com as suas próprias mão. Os gregos poderiam ganhar a oportunidade de moldar um futuro que, talvez não seja tão próspero como no passado, mas que deixa muito mais esperança que a tortura inconsciente do presente". "Eu sei em como votaria", remata.

Etiquetas:

Cavaco e a quinquilharia política

Narrativas elaboradíssimas

- Da série: vamos todos ajudar o sr. Silva a terminar o seu 2º miserável mandato com alguma dignidade institucional


- Os desertos estão cheios de areia, os oceanos repletos d' água e certa atmosfera povoada com alguma vulgaridade, tão comum no sr. Silva, o "porteiro" do Palácio de Belém. Mais vulgar do que isto, só mesmo mais d' isto!!! A seis meses de libertar Portugal da sucata política - que tão mal tem feito aos portugueses.

- O estilo, a forma, a substância tudo é pobre, paupérrimo naquele que deveria saber interpretar e representar os altos interesses e aspirações de Portugal e dos portugueses. 



  • Imagem picada no rizoma


_______________
_________
___

Cavaco: “Espero que a Grécia não saia, mas se sair ficam 18 países”

_________

Etiquetas:

Grécia é um imenso BES


Grécia começa ser um imenso BES.

______________
_______
__

Etiquetas:

Mito de Sísifo à "grega"

Evocação de Camus: buscamos um sentido neste mundo absurdo. 

- esta imagem pode traduzir simultaneamente a tentativa (europeia) dessa busca e desse absurdo.



- diria que a Europa vive, hoje, um absurdo à grega, mas causado - não só pelos gregos e pela sua irresponsabilidade (política e fiscal!!), mas também pela governança especulativa da banca alemã e francesa imposta pela "troika austeritária", que encheu os bolsos à custa da pobreza e miséria gregas, e pela especulação devoradora dos mercados e pela financeirização bolsista - que são os abutres de serviço que ganham centenas de M€ à custa dos juros e do pagamento do serviço da dívida, como também está a ocorrer em Portugal, outra vítima dessa abutragem selváticamente neo-capitalista e hiper-especulativa do FMI, BCE e Comissão. Foi a este regime de valores e práticas que Passos foi um dedicado e fiel aluno. 


_________________

Etiquetas: ,

Evocação de Demis Roussos: dedicada à Grécia e aos gregos: um povo do outro mundo




Mais imagens das belas ilhas gregas, aqui.

_____________
_____
__

Etiquetas:

Implosão do €uro vis-à-vis a Grécia e os "cofres cheios" em Portugal

Narrativas da zona do €uro: tragédia grega na Europa
As bolsas estão todas a "afundar", em especial a de Lisboa, em cujo país tem " os cofres cheios", como dizia a dupla de idiotas Passos & Albuquerque (ainda no Governo em Portugal com o beneplácito do sr. Silva). No fundo, isto pode ser o início da implosão da zona €uro e primeira consequência do garrote à Grécia cujo referendo pode agravar e baralhar toda a equação europeia.





________________________
_____________
_____

Etiquetas: , ,

sábado

Tsypras consegui tornar a Europa refém duma Grécia exangue e bloqueada



Narrativas paradoxais acerca da Grécia

Tsypras apercebeu-se que a Europa quer a Grécia "in" do que "out" do €uro, pois os custos duma Grécia expulsa por incumprimento implica mais danos para a Europa do sul do que vantagens para a Europa. Ainda que paradoxalmente, Tsypras já meteu a Europa no bolso e só aceitará uma proposta dos credores/troika que não humilhe o povo e o actual governo grego. Tsypras é assim, um derrotado-vencedor..., um anão político que meteu na ordem e tornou refém duma Grécia exangue 27 Estados da UE, quase todo mais poderosos do que esse berço da civilização. 

_________________




___________________________
__________________
__________

Etiquetas:

quinta-feira

Portugal poderá ser uma 2ª Grécia - com a saída desta do €uro -

Nota prévia: O que está a acontecer é "um filme que já vi antes - diz o ex-ministro das Finanças de Sócrates, Teixeira dos Santos, o qual está numa posição privilegiada para antecipar o futuro da Europa do sul, caso a Grécia seja empurrada do €uro. Portugal, neste cenário, e com os indicadores macro-económicos conhecidos por força do trabalho miserável do XIX Governo (in)Constitucional neste últimos 4 anos, de literal confisco fiscal ao povo português para engordar o Estado que nunca nos protege, e que tem trabalhado em prol dos  interesses das grandes empresas, acabaria por perder e muito. Portugal, seria uma 2ª Grécia, com os mercados de novo a especular e a espoliar o que resta da economia lusitana e sob o pretexto de uma dívida pública de 130% do PIB (superior à do tempo do Governo de Sócrates, esse "bandido"). Neste quadro negro, a economia nacional está objectivamente refém da gula dos mercados especulativos que fazem da economia e da sociedade portuguesas um cordeirinho na boca do lobo sedento de impor mais e mais austeridade. Eis o que significa, na prática, a miserável expressão da dupla-maravilha: Passos & Mª Luís Albuquerque - de que o Estado português tem os "cofres cheios". 

_________


O desconforto de Portugal, segundo o "Financial Times"


Os cofres até podem estar cheios, como diz Maria Luís Albuquerque, e para os líderes europeus Portugal até pode ser o exemplo brilhante de que a austeridade dá resultado. Mas nada disto salva o país da turbulência dos mercados se a Grécia sair do euro. "Portugal é o elo mais fraco."  
Num artigo publicado esta terça-feira pelo "Financial Times", é deixado claro que Portugal não fica numa posição nada confortável com a situação na Grécia. Caso os helénicos deixem a zona euro, Portugal é o próximo a cair. “Portugal, depois da Grécia é o elo mais fraco na zona euro", refere Antonio Roldán, consultor de risco da Eurasia Group, citado no artigo.
"O crédito a Portugal é visto como o mais arriscado na Europa a seguir à Grécia. Tem uma grande dívida pública em percentagem do PIB, foi sujeito a um resgate e não tem o poder económico de outros países devedores como a Itália", explica Lyn Graham-Taylor, do Rabobank, citado pelo jornal.
A justificar a teoria, o "Financial Times" cita declarações recentes do ex-ministro das finanças Fernando Teixeira dos Santos: em entrevista à Renascença, defendeu que a almofada de segurança que o Governo afirma ter, de 17,3 mil milhões de euros, "terá um efeito que será importante no curto prazo, mas tenho dúvidas que tenhamos capacidade para resistir a um braço-de ferro mais prolongado com os mercados, se esse cenário se vier a desenhar". O que está a acontecer é "um filme que já vi antes". 
Portugal deixou o programa de resgate no ano passado. Este ano já se espera que o défice fique abaixo dos 3%  do PIB. A economia tem crescido nos últimos quatro trimestres, mas mesmo assim Portugal continua a ser uma dos países mais endividados da Europa. A dívida pública ronda os 130% do PIB. 
Apesar do que parece um caso de sucesso dos planos de resgate financeiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) continua a avisar  que fatores como a alta taxa de desemprego e a grande dívida pública fazem de Portugal um país extremamente frágil. 
Se a situação se complicar com a Grécia, os investidores temem que a crise financeira da zona euro se volte a repetir. "Portugal seria o primeiro da linha a sofrer com o contágio caso o Grexit se materialize", afirma António Barroso, analista político, citado no referido artigo do "Financial Times".   

PORTUGAL: COQUELUCHE AOS OLHOS DA EUROPA

Para os líderes europeus, Portugal é o que a Grécia deveria ter sido: cooperou com os credores, sobreviveu à austeridade e a três anos num programa de resgate financeiro.Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão,  chegou mesmo a usar o caso português como uma prova de que os programas de ajustamento resultam
Na semana passada, as tensões entre Atenas e os credores aumentaram - paralelamente, e em Portugal, os custos de empréstimo atingiram o valor mais alto do ano, contrariando a tendência registada nos últimos meses, em que os valores estavam em queda. Tensão com os gregos foi sinónimo de custos de empréstimos a disparar em Lisboa. 
Mas Passos tranquiliza. "Se algo de muito sério acontecer com a Grécia, Portugal não será o próximo a cair. Temos capacidade para resistir a qualquer grau de volatilidade nos mercados este ano e estamos bem preparados para [cobrir] o primeiro semestre de 2016."
_________

Etiquetas:

quarta-feira

Portugal FEDE. Manipulação dos motivos e interesses da classe política vs national interest



A Habilidade Específica do Político
A habilidade específica do político consiste em saber que paixões pode com maior facilidade despertar e como evitar, quando despertas, que sejam nocivas a ele próprio e aos seus aliados. Na política como na moeda há uma lei de Gresham; o homem que visa a objectivos mais nobres será expulso, excepto naqueles raros momentos (principalmente revoluções) em que o idealismo se conjuga com um poderoso movimento de paixão interesseira. Além disso, como os políticos estão divididos em grupos rivais, visam a dividir a nação, a menos que tenham a sorte de a unir na guerra contra outra. Vivem à custa do «ruído e da fúria, que nada significam». Não podem prestar atenção a nada que seja difícil de explicar, nem a nada que não acarrete divisão (seja entre nações ou na frente nacional), nem a nada que reduza o poderio dos políticos como classe. 


Bertrand Russell, in 'Ensaios Cépticos: A Necessidade do Ceptcismo Político' 

_________________


Obs: Nada como citar o maior filósofo da política do séc. XX, Sir Bertrand Russel, para enquadrar esta questão, a qual permite compreender, no domínio da manipulação das paixões das massas, o modo como os agentes políticos mitigam as suas motivações, objectivos, razões e interesses pessoais com os supostos interesses nacionais. Ainda que esta deriva tenha sido, com mais propriedade, estudada e desenvolvida por Gustave Le Bon. 

________________________________



Etiquetas: , ,

Relvas alega que já passou o prazo para lhe anularem a licenciatura. Falta de DIGNIDADE em Política

Nota prévia: Até nestas respostas o dr. Relvas  revela todo o esplendor da sua soberba, ignorância, desfaçatez e falta de dignidade e vergonha na cara. Características que só têm equivalente funcional com o Governo que serviu e do qual se serviu contra o interesse nacional. Relvas é um irrecuperado da política nacional, e só um desertor, como Durão Barroso, poderia aceitar apresentar-lhe um livro que, seguramente, nada terá a dizer, apenas confirmar quem é e quem foi Relvas - e o que representa entre nós. 

- Portugal FEDE!!!
_________________


Relvas alega que já passou o prazo para lhe anularem a licenciatura

Relvas alega que já passou o prazo para lhe anularem a licenciatura
Mas entre os documentos do processo de fiscalização da Inspecção Geral da Educação (IGEC) consta uma notificação enviada pela Lusófona a Miguel Relvas, a 24 de Fevereiro deste ano, para que entregasse o certificado académico e dando conhecimento da "declaração de nulidade das creditações profissionais que lhe foram atribuídas". O ex-ministro não se deslocou à universidade, mas respondeu à notificação através da sua advogada, que enviou um parecer à Lusófona, a que o Económico teve acesso. 

Em sua defesa, Miguel Relvas alega que se deverá aguardar pela decisão da juíza "de forma a evitar hipotéticas análises e decisões contraditórias", sublinhando que o "Ministério da Educação não pode proceder à declaração de nulidade" das equivalências que lhe foram concedidas "porque não suscitou tempestivamente a sua impugnação contenciosa". 

Quanto à anulação da sua licenciatura, defendida pelo Ministério Público, Relvas advoga que "há muito decorreu o prazo para a respectiva impugnação". A lei prevê o prazo de um ano após a publicação das pautas com as notas dos alunos para que se possa anular a avaliação, explicou um especialista ao Económico. E é este o principal argumento de Relvas para não perder a sua licenciatura.

O mesmo advogado especialista explicou que caso a juíza entenda que as irregularidades detectadas no caso não podem ser corrigidas, não haverá prazo para que seja anulada uma licenciatura.

Em causa está a equivalência a seis disciplinas opcionais concedidas pela experiência profissional de Miguel Relvas. Uma das equivalências foi concedida por ser presidente da assembleia geral da Associação de Folclore da Região de Turismo dos Templários, entre 2001 e 2002. Aqui a IGEC diz "não haver qualquer correspondência efectuada entre as competências declaradas e adquiridas em contexto profissional e as competências estabelecidas" para as disciplinas em causa. Acresce ainda que, segundo o relatório da IGEC, estas seis disciplinas "não funcionaram no ano lectivo de 2006-2007", altura em que Relvas frequentou o seu curso. Facto que a defesa de Relvas considera "irrelevante", argumentando que a creditação concedida foi por "equivalência" e não por "frequência".

Quanto à disciplina cuja classificação "não resultou como devia, da realização de um exame escrito", a defesa de Relvas alega que a realização do exame é uma exigência "de ordem formal e não material", não sendo, por isso, considerado uma prática "particularmente grave". Além disso, a advogada sublinha que caso o ex-ministro tivesse "realizado a prova escrita de exame, teria sido aprovado com a classificação de 18 valores". Por tudo isto, a defesa alega que o "acto [atribuição de licenciatura] não pode ser colocado em crise". 

Miguel Relvas concluiu o curso em Ciência Política e Relações Internacionais de três anos em apenas um. Segundo o processo da IGEC, o ex-ministro realizou exames a apenas quatro disciplinas semestrais, e não frequentou as aulas.

_________

Etiquetas:

Sónia Melo, do Ipatimup, no Porto, é a principal autora do estudo publicado hoje na revista Nature

Nota prévia: A C & T assim como a I & D  - mais genericamente - têm estado arredados da política científica do XIX Governo Constitucional que, aliás, tem vindo a desmantelar - de forma grosseira e vil (i.é, "cratamente") - todas as ligações e apoios institucionais criados há 20 anos por José Mariano Gago no âmbito do sistema de ciência e tecnologia em Portugal. Esta notícia, cujo mérito é creditado aos investigadores, e que lhes permitiu identificarem o cancro do pâncreas, só poderá ser complementada com a descoberta do antídoto que irá eliminar o ADN do ainda governo em funções - qual cadáver adiado - que tem penalizado sobremaneira Portugal e os portugueses. É uma questão de tempo, mesmo que as sondagens estejam a baralhar a opinião pública. 

__________


Portuguesa desenvolve deteção precoce do cancro do pâncreas

A investigadora Sónia Melo
"Iniciámos este estudo no final de 2013 e avaliámos dois grupos de pacientes alemães, num total de 246", explica Sónia Melo, sublinhando que "o biomarcador funcionou em 100% dos casos, sem falsos positivos ou negativos para o cancro pancreático".
Autora principal do estudo, Sónia Melo, já registou a patente do novo biomarcardor, juntamente com Raghu Kalluri, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e "já há negociações em curso para desenvolver um teste de diagnóstico de rotina para aplicação médica", como adianta Sónia Melo. "Para um novo medicamento, o tempo que medeia a descoberta de um composto até à sua aplicação médica é sensivelmente de dez anos, porque há testes de toxicidade a suplantar, mas neste caso, para um teste de diagnóstico, cinco anos é um prazo mais expectável", sublinha a investigadora portuguesa.
__________

Etiquetas: , , , ,