segunda-feira

Grande semana para o Porto - por Rui Moreira -

Resultado de imagem para PortoNota prévia: Rui Moreira merece Nota elevada - 
Porque é um político atípico, mas com mais valor do que a generalidade dos políticos clássicos, oriundos dos partidos e das máquinas partidárias e sem as quais pouco fazem;

- Porque empresta à política uma dimensão de saber-fazer tributária da gestão e do meio empresarial donde, aliás, o edil é proveniente;
- Porque o autarca tem uma marcada sensibilidade social e cultural - que o aproxima dos mais desfavorecidos e dos agentes culturais que também tecem a vida nessa grande e bela cidade que é o Porto.

Assim, por razões políticas, de gestão e empresarial e de natureza social e cultural - é que devemos por os olhos no exemplo e no denso legado que em tão breve espaço de tempo de gestão política Rui Moreira já deixa ao país.
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Grande semana para o PortoÉ difícil ser presidente da Câmara. É difícil por ser uma enorme responsabilidade. Porque os munícipes acham sempre que podemos fazer um pouco mais pela sua rua. Porque não entendem que um autarca não manda no Centro de Saúde ou no horário do Metro. Porque qualquer presidente da Câmara gostaria de fazer um pouco mais por cada um dos seus munícipes. Porque desgasta dormir e acordar com os mesmos problemas. Porque a máquina da burocracia e do centralismo consome boa parte do nosso tempo e da nossa paciência. Mas é bom ser presidente. Porque se, no fim do dia, sentimos ter feito a diferença na vida de alguém que precisa de uma casa, então valeu a pena. Porque se a cidade se sentir melhor consigo própria, isso é um orgulho. Porque ver o sorriso de uma criança num parque infantil é uma recompensa. 

Sim. Um presidente de Câmara, como um primeiro-ministro ou um ministro, também é uma pessoa. Sofre quando vê um comentário insultuoso no Facebook, aflige-se por não conseguir responder a toda a gente, indigna-se com a mentira, a insídia, a acusação cobarde e anónima. Afinal, parece que isso também faz, e não devia fazer, parte da política. E, depois, há semanas como a que passou. Em que vejo abrir um envelope, encerrando um concurso para o terminal intermodal de Campanhã. Em que percorro salas de um novo centro empresarial cheio de vida e empresas bem no centro do Porto, onde ainda há dois anos jazia um edifício querido à cidade. Em que presencio o anúncio da construção de uma nova linha de Metro, num subsolo que tinha saudades de obra. Em que a cidade ganha um prémio, que é o reconhecimento de uma incomum união de esforços entre personalidades e instituições. E tudo isso é felicidade. 

É em semanas como esta que um autarca sente, realmente, a razão de ser de tudo isto. De ter trocado a tranquilidade, o anonimato e o sossego de um bom livro pela vida política, quase sempre ingrata e amnésica. A semana que passou foi uma grande semana para o Porto e para quem a fez grande no Porto. E não fui eu. Foram todos os que acreditaram, que se empenharam, que arriscaram. São estes os momentos luminosos que nos deixam um brilhozinho nos olhos. Foi uma grande semana para o Porto, uma grande semana para os meus dias. E dou por mim a ter a certeza de que tudo vale a pena. Afinal, não é assim tão difícil ser presidente de Câmara. 

Noite da Iguana no TNSJ Está no palco do Teatro Nacional São João, no Porto, a peça ‘Noite da Iguana’, de Tennessee Williams, com os atores Nuno Lopes e Maria João Luís nos principais papéis. A peça mantém-se até ao dia 26 de fevereiro e o autor classifica-a como um poema dramático. ‘Noite da Iguana’ é inspirada por uma viagem de Tennessee Williams ao México, no verão de 1940. A queda de Paris era iminente e Londres era bombardeada. Os nazis habitavam o quarto ao lado do dramaturgo e esta contextualização acaba também por ser referenciada no espetáculo, que acontece num hotel "rústico e boémio", na costa oeste do México. Tennessee Williams disse ser uma peça sobre "como viver para lá do desespero e ainda assim viver". Estreada na Broadway em 1961, foi o seu último sucesso de crítica e bilheteira. Turismo de Portugal sem destino      

O Porto foi eleito Melhor Destino Europeu de 2017. A notícia atingiu centenas de milhares de pessoas. A imprensa partilhou a informação com entusiasmo. Um orgulho para a cidade, para a região e para o País, produzido a partir de uma candidatura e de uma campanha da cidade, através da Câmara do Porto e da Associação de Turismo do Porto, com o apoio de muitas instituições. Um orgulho, digo, para o País. Mas não para o Turismo de Portugal. Incapaz de reconhecer que com pouco dinheiro se pode fazer mais pela promoção de Portugal do que com milhões enterrados em projetos sem visibilidade. Enquanto festejávamos, a página oficial deste organismo, que se diz nacional, partilhava um concurso de ideias… em Lisboa.

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